Uma imensa tristeza cerceia minh’alma
Impermeabilizando-a para qualquer outro sentimento
O inútil corpo, coitado deste,
Veste d’alma, bebe da mesm’água
Os verbos os conjugo como me aprovem
O amar só no passado me convém
Reflexo por ter sido posto no corpo errado
Que verbo me resta: matar-me. Tempo futuro presente seja
Fios dispersos de dores passadas
A minh’alma chicoteiam, deixam feridas sem cura
Fios constantes de dores presentes
A minh’alma, inerte, não deixa ponto de fuga
O gume da navalha que tanto fascina
A alma desesperançada prazerosamente passeia
Presa na dor que demasiadamente a verga
A alma pediu ao corpo, no tempo certo, o seu verbo
Alma de bengala branca, cega
Não entende que o corpo apela
O corpo que tudo enxerga
Não entende, cega, a alma tudo revela
setembro de 2006
O poema me passa uma dor imensa da alma.
ResponderExcluirPassado o tempo (2006/2012), penso o tanto que a alma já passou, a minha, a do poeta, e sobrevivemos com marcas, com dores, com louvores.
abraço
Já escreveu, faz tempo, seu poema. Ele apresenta momentos de interrogação e melancolia, desses em que a alma se sente, de fato, vazia. Um caminho que muito bem traçou em seus versos. Abraços!
ResponderExcluirEder! Toda palavra é forte neste poema - um caminho fechado... Ah, li várias vezes. Difícil comentar. Sinto só!
ResponderExcluirEsta imagem sua... que lindo!
Olá, Éder
ResponderExcluirRecebeu o livro???
Tomara que sim!!!
A tristeza invade a alma que anseia por outros valores muitas vezes... nem sempre é cruel... pode ser renovadora... de instigação para o melhor...
To voltando das férias...
Bjs fraternos de paz