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sábado, 20 de outubro de 2012

sentimento primaveril


inda que a tristeza seja

para os meus versos vero ensejo

de que me vale a poesia

se nas andanças não primo pela alegria

 

inda que a felicidade o eu-poeta mata

que seja pelos braços da primavera qu’ele renasça

que de folha em folha ele se desfaz das lágrimas

até chegar às estações das águas

 

inda que a necessidade do guarda-chuva se faça

não me é preciso qualquer proteção, ou fuga

pois o que caem das nuvens me inunda

de gotas poéticas divina

 

úmido com um cravo e uma rosa como filhos

e uma amada como flor-de-liz

inda sigo minha sina

mesmo que a tristura, do poeta, seja trilha

 

entristecido me perco em folhas

inda se nas estações das flores

a poesia de mim desista

primo, é vero, em ser feliz


Conheça-me pela minha prosa em Crônicas de Eder Ribeiro